O sonho da vida nômade: A minha jornada de viajante

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Primeiras Fascinações: O Desejo de Explorar

Desde pequeno, eu sempre tive um fascínio pelo desconhecido. Rabiscar mapas e imaginar como seria explorar o mundo ocupava boa parte dos meus pensamentos. Não era incomum me ver na escola, distraído durante as aulas, sonhando acordado com países distantes, pessoas que eu nunca tinha conhecido e culturas que só via em livros e documentários. A vastidão dos lugares que eu nunca tinha visto, o mistério das paisagens, o sotaque das línguas estrangeiras – tudo isso me atraía de uma forma quase inexplicável. Eu me via embarcando em aventuras, explorando paisagens distantes e, de alguma forma, me conectando com algo maior do que a rotina ao meu redor.

Por um tempo, esse desejo de descobrir o mundo ficou guardado em segundo plano, enquanto eu seguia o caminho mais previsível da vida. Como muitos, escolhi um caminho que prometia segurança e reconhecimento. Fundar um escritório de marketing jurídico foi uma grande conquista. Eu acordava cedo todos os dias, vestia terno e gravata e encarava o dia de frente, como se estivesse cumprindo a missão que eu mesmo havia traçado. Havia admiração, havia dinheiro, havia respeito.

Mas, aos poucos, percebi que aquela rotina não me completava. Eu estava conquistando o sucesso que muitos buscam, mas a pergunta persistente surgia: “Será que esse é o limite?” A sensação de que faltava algo foi crescendo aos poucos, como uma maré que sobe sem aviso. As viagens e explorações que eu sempre sonhei voltavam a ocupar minha mente, agora com mais força, como uma chamada que eu não podia mais ignorar.

Foi numa dessas conversas com uma amiga próxima, alguém que compartilhava meu desejo de explorar o desconhecido, que a ideia de mudar tudo de fato começou a ganhar forma. Falávamos sobre nossas inquietações, sobre a rotina que parecia nos prender. Essa conversa não foi apenas um desabafo casual; ela plantou uma semente de dúvida sobre a vida que eu estava levando. E, pela primeira vez, comecei a considerar a possibilidade de largar tudo. Mas essa não era uma decisão simples.

Arriscar significava abandonar o que eu havia construído até ali – a estabilidade, o conforto, a segurança financeira. O escritório que fundei com tanto esforço, o respeito profissional que conquistei, tudo isso estava em jogo. Passei semanas refletindo sobre a ideia, pesando os prós e contras, lidando com o medo do desconhecido. Não era apenas uma escolha profissional; era uma escolha de vida. Deixar para trás tudo o que eu conhecia e abraçar algo completamente incerto exigia coragem.

Mas, no fundo, algo me dizia que eu nunca estaria completamente satisfeito se não desse esse salto. O momento chegou e, finalmente, decidi que era hora de mudar. Era hora de ver o mundo com os próprios olhos, fora das páginas dos livros ou das telas. Decidi que, se havia um caminho alternativo a seguir, eu o encontraria fora da minha zona de conforto.

O Grande Salto: Primeiros Passos no Nomadismo

Quando finalmente tomei a decisão de mudar tudo, a realidade começou a bater à porta. Eu sabia que a transição não seria fácil, mas estava determinado a fazer dar certo. Largar o escritório, o terno e gravata e a rotina que eu já conhecia foi o primeiro passo. O que veio depois foi uma verdadeira reinvenção.

Minha primeira parada foi Córdoba, na Argentina, através da plataforma Worldpackers. Lembro de brincar comigo mesmo: na semana anterior, eu estava dando uma palestra para 40 advogados; na semana seguinte, estava arrumando camas em um hostel. Esse choque de realidades foi brutal, mas também libertador. Trabalhar como voluntário em um hostel, com a única troca sendo hospedagem e alimentação, me tirou completamente da zona de conforto. Passei alguns meses por lá, conhecendo pessoas de todo o mundo e me adaptando a uma vida simples e imersiva.

Em seguida, fui para Mendoza. Ali, a transição para o nomadismo digital realmente começou a se complicar. Aos poucos, os clientes online que eu ainda mantinha foram encerrando seus contratos, e, antes que eu percebesse, eu já não tinha nenhum. Foi um momento crucial. Olhando para as montanhas imponentes que cercavam Mendoza, eu percebia que, se quisesse cruzar aquelas montanhas físicas, primeiro precisaria atravessar as montanhas psicológicas. Era hora de me reinventar e me permitir seguir meu sonho, sem as amarras do passado.

Foi em Mendoza que comecei a trabalhar lavando louça em um restaurante. Cada prato que eu lavava era um passo em direção ao que realmente queria: juntar o dinheiro necessário para cruzar a Cordilheira dos Andes. O trabalho era exaustivo, e muitas vezes eu me questionava se estava fazendo a escolha certa. Mas, por outro lado, eu sabia que estava em movimento. Cada esforço, cada dia passado no restaurante, me aproximava mais da liberdade que eu tanto buscava.

Finalmente, com o dinheiro que juntei, cruzei o Paso Cristo Redentor e cheguei a Santiago, no Chile. Aquela travessia foi mais do que uma jornada física; foi a concretização de um sonho e a prova de que, para conquistar qualquer coisa, eu precisava primeiro vencer minhas próprias limitações.

Além das Montanhas: Vida e Lições na Patagônia

Depois de cruzar a Cordilheira dos Andes e chegar a Santiago, a sensação de conquista era enorme. Mas algo dentro de mim ainda me chamava para ir além. Era como se meus sonhos tivessem mais camadas para serem exploradas, e eu ainda não tivesse chegado ao coração deles. Foi então que tomei a decisão de ir para a Patagônia – um lugar onde a natureza é selvagem, incontrolável e absolutamente soberana.

Morei por um ano em Cerro Castillo, um pequeno vilarejo nas montanhas, cercado por uma paisagem imponente e indomável. Tudo o que eu sabia até então – todo o conhecimento em marketing digital, estratégias de negócios – parecia completamente inútil em um lugar onde a sobrevivência e o ritmo da vida eram ditados pela natureza. Lá, a tecnologia moderna era um luxo distante. Minha única conexão com o mundo exterior era um pendrive de internet que funcionava quando queria, e o resto do tempo, era eu e a imensidão ao meu redor.

Minhas atividades diárias eram simples, mas profundas. Cortar lenha para aquecer a casa no inverno rigoroso, cuidar das galinhas, ajudar no trabalho do campo – essas tarefas eram como uma meditação, uma forma de me reconectar com o que realmente importa. Não havia pressa, não havia a correria do mundo digital. Pela primeira vez, em muito tempo, eu sentia que estava em sintonia com o tempo, com a vida ao meu redor e, acima de tudo, comigo mesmo.

Viver nas montanhas, onde a única lei que importa é a da natureza, me ensinou lições que nenhum escritório ou tela de computador poderia. A natureza é soberana, e ela dita o ritmo. Não adianta correr, não adianta tentar controlar – você aprende a ser paciente, a respeitar o ciclo das coisas. Foi um ano de imersão total, de reconexão com minha essência, longe das distrações modernas.

Após esse período, senti que era o momento de seguir em frente. A experiência me transformou, mas eu sabia que havia mais para explorar. Deixei as montanhas de Cerro Castillo e segui rumo ao “Fim do Mundo” – Punta Arenas. Uma nova jornada estava prestes a começar, e, mais uma vez, eu me lançava ao desconhecido.

Recomeço em Punta Arenas: A Catarse no Turismo

Chegar a Punta Arenas, no “Fim do Mundo”, foi como entrar em um novo capítulo da minha vida. Após a imersão nas montanhas da Patagônia, onde a natureza ditava o ritmo, fui lançado de volta ao mundo das interações humanas e das oportunidades profissionais. Com a bagagem de experiências que acumulei trabalhando em hostels e vivendo uma vida nômade, decidi aproveitar essa nova fase e comecei a trabalhar na recepção de um importante hotel da cidade.

A transição para o ambiente de hotelaria parecia natural. Tudo o que eu havia aprendido até então sobre hospitalidade e a forma como as pessoas se conectam em um ambiente de hospedagem foi útil. Mas, o que parecia um simples trabalho, na verdade, se tornou minha porta de entrada para o mercado de turismo da região. Punta Arenas é um ponto estratégico para turistas que desejam explorar a Patagônia e a Antártica, o que fez do setor de turismo uma área vibrante e cheia de oportunidades.

Foi nesse ambiente que conheci o mercado de Tours e Pacotes de Turismo. De repente, vi uma nova possibilidade de estruturar minha vida de forma mais estável. O dinheiro começou a entrar, e pela primeira vez em muito tempo, eu senti que estava começando a me organizar financeiramente. Minha experiência em recepção e hospedagem me deu uma vantagem: eu compreendia as expectativas dos turistas, sabia como criar uma experiência memorável e comecei a aplicar esse conhecimento para oferecer pacotes turísticos personalizados.

Aos poucos, fui me inserindo nesse novo mercado e, com isso, uma nova etapa de estruturação pessoal e profissional começou. O nomadismo digital continuava fazendo parte de mim, mas agora, com uma base mais sólida, eu tinha a chance de explorar novas formas de trabalho e de viver essa liberdade com mais planejamento e segurança.

O Impacto da Pandemia: Um Setor em Colapso e a Necessidade de Reinvenção

Com o tempo, minha experiência no setor de turismo em Punta Arenas me levou a dar um passo ainda maior. Decidi fundar minha própria agência de turismo, aproveitando todo o conhecimento que adquiri tanto no hotel quanto no mercado de tours. O negócio começou a crescer, e eu estava bem posicionado. Além do trabalho no hotel, minha agência se tornou uma fonte significativa de renda, e pela primeira vez em muito tempo, eu me sentia financeiramente estável. Vendendo pacotes de turismo personalizados para turistas que chegavam ao “Fim do Mundo”, eu estava consolidando minha posição no mercado e colhendo os frutos dessa jornada.

Tudo ia muito bem até que, de repente, o mundo parou. Com a chegada da pandemia de COVID-19, o setor de turismo e hotelaria foi um dos primeiros a ser impactado. Da noite para o dia, o fluxo de turistas desapareceu, e com ele, todas as oportunidades de negócio. Os hotéis fecharam suas portas, os pacotes turísticos foram cancelados, e toda a estrutura que eu havia montado desmoronou.

Foi um golpe duro. O que parecia ser um momento de crescimento e estabilidade financeira se transformou em um cenário de incertezas. De repente, não havia mais turistas, não havia mais como vender pacotes, e a agência de turismo, que até então era uma fonte de segurança, não tinha mais como operar. Tudo o que eu havia construído foi, de uma hora para outra, suspenso, e eu me vi sem nada.

De Volta às Raízes: Recomeçando no Brasil

A pandemia me obrigou a reavaliar meus próximos passos. Com o mercado de turismo completamente paralisado e sem perspectivas de recuperação no curto prazo, percebi que precisava de um novo caminho.

No início da pandemia, como muitos, eu acreditava que seria algo passageiro. Com todo o mercado de turismo paralisado, pensei que, quando tudo voltasse ao normal, estaríamos todos em pé de igualdade. Não importava o tamanho dos meus concorrentes; todos iriam largar juntos, e eu estava preparado para ser ágil e aproveitar essa oportunidade. Foi durante esse período de incerteza que comecei a estudar incessantemente sobre CRM e automação. Eu sabia que o mundo pós-pandemia seria mais digital, mais ágil, e queria estar pronto para enfrentar o que viesse.

Porém, a pandemia durou mais do que eu esperava, e o mercado de turismo continuava sem sinais de retomada. Eu não queria voltar para São Paulo, pois a ideia de retornar ao ambiente agitado da cidade me parecia oposta ao que eu precisava naquele momento. Foi então que decidi me instalar em Seabra – Bahia, na Chapada Diamantina, um lugar que tinha um significado muito profundo para mim, pois é a cidade onde meu pai nasceu.

Ir para Seabra foi, de certa forma, um retorno às minhas raízes. Dali, tirei uma lição que carrego até hoje: quem não sabe de onde veio, não sabe para onde vai. Em Seabra, me reconectei com minha origem e com uma parte de mim que eu havia deixado de lado ao longo dos anos. A cidade, com seu ambiente tranquilo e sua conexão com minha história familiar, ofereceu o cenário perfeito para que eu pudesse me preparar para o futuro incerto.

Mesmo com o mercado de turismo ainda sem sinais de recuperação, meus conhecimentos em CRM e automação, aliados ao que eu sabia sobre desenvolvimento web, começaram a atrair empresas, tanto no Chile quanto no Brasil. Aos poucos, fui puxado para um novo mundo. As empresas começaram a me procurar, e percebi que poderia trabalhar 100% online, sem estar preso a um local físico.

Minha vida se tornou completamente digital. Desde a Chapada Diamantina, comecei a prestar serviços para empresas brasileiras e chilenas, construindo fluxos automatizados e estratégias digitais para otimizar seus negócios. Era o começo de uma nova fase, onde o trabalho remoto finalmente se consolidou na minha vida.

Um Novo Capítulo: Me tornando um Mentor

Após três anos em Seabra, imerso em reconexões familiares, novos amigos e muitas histórias vividas, o sentimento de partir novamente começou a surgir. Aquela inquietação familiar, de quem sabe que os sonhos não foram feitos para ficar guardados no armário, voltou com força. Sacudi o pó e me preparei para embarcar em mais uma aventura. Desta vez, o destino era o litoral do Nordeste, mas agora com algo diferente: eu já não era o mesmo.

Minhas raízes, tanto as paulistas quanto as nordestinas, estavam mais firmes do que nunca. Com essa base fortalecida, senti que estava pronto para explorar o novo, sem deixar para trás tudo o que havia aprendido e vivido. Só que desta vez, a forma de me conectar com o mundo também era nova. Ao longo dos anos, meu conhecimento e relevância no mercado me transformaram em mentor. Agora, eu estava oferecendo mentorias em CRM Bitrix24 e automação de fluxos para diversas empresas.

Era uma evolução natural da minha trajetória. Ao invés de apenas executar, eu agora ajudava outros a otimizar seus processos, compartilhando minha experiência com empresas que buscavam digitalizar e automatizar suas operações. O nomadismo continuava, mas agora com uma bagagem muito maior – não apenas de lugares visitados, mas de um conhecimento sólido que eu tinha para oferecer ao mundo.

O caminho do Slow Traveller

O nomadismo digital é muito mais do que apenas um estilo de vida. Para muitos, pode parecer apenas a liberdade de trabalhar de qualquer lugar, mas, para mim, foi uma transformação profunda de como enxergo o mundo, o trabalho e, sobretudo, o tempo. A possibilidade de estar sempre em movimento, explorando novos horizontes, é apenas um pedaço da história. O verdadeiro valor do nomadismo digital está na forma como ele me ensinou a viver com presença, a desacelerar, e a valorizar cada pequena experiência que a jornada oferece.

Ser um “slow traveller” não é apenas sobre viajar devagar. É uma escolha consciente de não seguir a lógica do consumo rápido e superficial das paisagens. Ao invés de saltar de destino em destino, em busca da próxima foto perfeita, eu me permito habitar os lugares. Me permito mergulhar na rotina local, conhecer as pessoas, aprender com a cultura e viver a vida no ritmo em que ela acontece ali. É estar presente, não apenas de corpo, mas de espírito, e entender que cada lugar tem algo a ensinar, se dermos tempo para ouvir.

O nomadismo digital, aliado ao slow travel, me permitiu criar uma relação profunda com os lugares que visito e, de certa forma, também com o trabalho que faço. Em cada cidade, cada vila, cada canto do mundo onde estive, fui não só um visitante, mas também um aprendiz. As montanhas da Patagônia, as cachoeiras da Chapada Diamantina, as praias do Nordeste – cada lugar deixou uma marca indelével. E isso, acredito, é o maior presente que o nomadismo oferece: a chance de criar memórias vividas, em vez de apenas passar por elas.

E nesse ritmo mais lento, encontrei espaço para me reinventar. O tempo desacelerado do slow travel me deu a oportunidade de ouvir meus próprios pensamentos, de reencontrar minha essência e de construir um trabalho alinhado com quem eu sou. Não se trata de fugir da rotina, mas de criar uma rotina que faça sentido, em qualquer lugar do mundo. É saber que posso, a qualquer momento, pausar, respirar e redescobrir o caminho.

Hoje, meu trabalho como mentor em CRM e automação me acompanha aonde quer que eu vá, mas é o modo como escolho viver que me define. O nomadismo digital, quando vivido com a profundidade de um slow traveller, nos lembra que o mundo não é um lugar para ser corrido, mas sim um lugar para ser vivido, em cada detalhe. E, assim, eu sigo. Não com pressa de chegar, mas com a certeza de que estou no caminho certo, aproveitando cada curva, cada parada e cada aprendizado que ele me traz.

Próximos Passos: A Jornada Continua

Hoje, escrevo de Maceió, mas em poucas semanas estarei me mudando para João Pessoa. O nomadismo continua, mas com uma nova perspectiva. Agora, estou mais focado do que nunca em consolidar minha trajetória, sem medo de retroceder. Tenho a certeza de que posso tudo, inclusive voltar para o meio das montanhas e cuidar de galinhas, se a vida assim o exigir. Mas hoje, meu desejo é seguir em frente, crescer e alcançar novos níveis de liberdade.

O que move essa nova fase é a vontade de ter mais tempo livre, de usar as ferramentas que estão surgindo para otimizar minha vida e a vida dos meus clientes. O domínio da inteligência artificial me permitirá liberar tempo – tanto para mim quanto para aqueles que confiam no meu trabalho. O poder da automação vai além de processos eficientes: ele proporciona mais qualidade de vida, liberdade geográfica, financeira e, o mais importante, liberdade de tempo.

Se o nomadismo digital me ensinou algo, foi que a verdadeira liberdade não é só poder trabalhar de qualquer lugar, mas sim conquistar o controle do nosso tempo. E é isso que busco agora – uma vida onde as ferramentas digitais me permitam focar no que realmente importa: experiências significativas, conexões profundas e, claro, novas aventuras pelo mundo.A jornada ainda está longe de terminar. Cada passo que dou me leva para mais perto daquilo que imagino para o futuro, e sigo confiante de que o caminho que trilhei até aqui me deu as ferramentas para conquistar qualquer coisa. O nomadismo digital é, para mim, uma forma de viver sem amarras, com propósito e com a certeza de que, onde quer que eu esteja, estou exatamente onde deveria estar.

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